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Personnas, após dois anos de inatividade o Bricolagem está de volta, mas em novo endereço:

http://www.suzanacohen.com/blog

A linha editorial continua mais ou menos a mesma, mas com algumas repaginadas e outras tantas (ou nem tantas) mudanças. Afinal, muita coisa acontece em 2 anos e a cabeça da gente muda também!

Passe lá pra uma visitinha 😉

*Esse endereço do WordPress aqui está oficialmente desativado.

Para Finalizar.

A experiência do TEDxSudeste foi muito além do que pode ser transposto em texto. Tenho acompanhando as postagens de alguns sobre o tema e é nitidamente claro que o TED ficou em cada um de um jeito que não dá pra parar de pensar. Cada coisa que foi dita naquele sábado está ecoando na minha cabeça e tenho certeza que muita coisa ainda será dita ou feita como reflexo daquela dose de inspiração. Como uma grande amiga me disse, estou precisando acabar de “viver o TED”.

Apesar de não ter comentado de outras palestras, não quer dizer que elas não tenham me marcado. Exemplos: Já era fã do Vik Muniz e de seu maravilhoso trabalho. Entender um pouquinho mais do seu processo criativo foi demais. Conhecer ao vivo e a cores Rodirgo Pimentel – o verdadeiro Capitão Nascimento – idem. Jaime Lerner, Marcelo Yuka, Jean Paul Ganem, Cezar Taurion, Vasco Furtado e todos os outros idem idem idem idem. Cada um com uma proposta. Cada proposta me impactando de uma forma diferente.

A impressão que tenho é de que qualquer coisa mais que escrever do TEDxSudeste vai soar pouco. Paro por aqui.

O que aconteceu na cúpula do Planetário da Gávea naquele sábado desencadeou um processo irreversível. E a experiência do TEDxSudeste ecoa em mim como o retumbar do big bang que propaga no espaço.

Aos organizadores, obrigada pela experiência. Aos palestrantes, obrigada pela inspiração.

* Só pra não perder o costume, alguns links que lembrei e que têm alguma relação com o que ouvi por lá:

  • SnapScouts: Aplicativo Android para prevenção de crimes com base em Crowdsorcing e geolocalização – tem relação com a fala do Vasco Furtado sobre o WikiCrimes.
  • Point & Find da Nokia: Aplicativo para reconhecimento de imagens, reflete uma tendência e tem relação com a palestra da Karina Israel sobre realidade aumentada.
  • O Pic Nic do Cidade Eletronika ocorrido em BH ontem me lembrou uma mistrura dos  jardins do bloomproject.org.br, de Jean Paul Ganem, com a acupuntura urbana do Jaime Lerner. “Plantaram” grama no meio da rua, em frente à faculdade de arquitetura da UFMG, transformando o ponto num foco de enegria inacreditável. Não poderia haver melhor exemplo para a acupuntura urbana que o Jaime Lerner propôs em sua apresentação. Pessoas reunidas, num ambiente urbano, para fazer um pic nic no meio da rua ao som de tendências musicais do cenário eletrônico e tb ao som de grilos e passarinhos artificiais. Super descolado, cool e surreal. Se achar fotos do evento, compartilho no Twitter. Para sentir o clima, eis algumas fotos.
  • Trailer do Documentário sobre o trabalho de Vik Muniz.

** FIM **

Momento Tiete com Rodigo Pimentel 😛

Para ver o primeiro post da série TEDxSudeste, clique aqui.

Leia aqui o segundo post da série TEDxSudeste.

Dando continuidade aos posts sobre o TEDxSudeste.

A minha idéia era de retomar a maratona, pela ordem de palestras, para falar das minhas impressões. Mas resolvi mudar um pouco a ordem e falarei agora de algumas das palestras que de uma forma ou de outra mais me interessaram, inspiraram ou marcaram. Até difícil isso, pois foi tudo muito legal. Afinal, o TED foi/é uma grande reunião de inventivos, sonhadores e visionários. E as vozes do coletivo – também inventivo, visionáro, sonhador e inspirador – agora ecoam na rede.

Andrew Essex falou sobre o assunto que mais me interesso na atualidade: mobilidade. Ele apresentou o projeto “The million” que promove o aprendizado através de dispositivos móveis. O bom aluno ganha créditos para usar em seu celular com sms, ringtones, chamadas y outras cositas más. Um projeto pra lá de interessante, que me inspirou em aplicações plausíveis para a realidade brasileira e que me fazem ter vontade de colocar a mão na massa. A Times magazine publicou uma matéria questionando se as escolas estariam subornando as crianças ao prometerem recompensas para alunos com bom desempenho escolar. Leia e tire suas próprias conclusões. Algumas citações de Essex: “It sucks to be poor especially when you are interested in education. It sucks even more to be poor in the age of smartphone technology”; “We live in exponential times and kids benefit from moors Law”, “We live the smartphone revolution”. E só pra não perder o costume, a minha grande provocação sobre o tema: seria a mobilidade o próximo grande negócio da década que se inicia? Mobilidade é prioridade? Relação direta com o que falei no painel cyberpunks do #12elw em BH.

E por falar em cyberpunk…

Sempre achei o TED a cara do Gil Giardelli. Estava pensando aqui e acho que ele foi quem me apresentou ao TED, há algum bom tempo. Acabo de me dar conta. As coisas viram tão rotineiras, que a gente acaba se esquecendo.

Gil despertou sentimentos nas mais variadas esferas. Para sintetizar a sua fala, cito o twitt poético de John Perry Barlow, homem que criou o termo “ciberespaço”:

O Gil falou de conceitos, ideias, pensamentos e referências, transpondo para a realidade atual, num emaranhado de sonhos reais e de inventivos modernos. Citando os precursores de conceitos em que a web se inspira, o Gil sabe falar do passado para projetar o presente. Se tem uma coisa que gosto e que constantemente cito em minhas aulas, é o lance de se olhar para o passado para compreender o presente e o futuro. Como bem diz Aloísio Magalhães, designer brasileiro, “O futuro deve ser visto como um estilingue. Quanto mais para trás se puxa, mais longe se consegue ir”. O Gil espelha demais essa citação. E desperta em cada um a vontade de fazer diferente, de mudar o mundo. Sua palestra foi intensa e com um volume absurdo de referências e imagens (tb em movimento). Citou Charles Leadbeater com a frase “você é o que você compartilha” que acabou ecoando na rede. Conheça o vídeo, que vale a conferida. Disse também que Galileu já falava em redes sociais, citou Einstein e de quebra meu pai, com seu Blog Física Fácil. So cool, so nice 🙂 😛  Dose de inspiração que carrega a essência do TED: de espalhar idéias, de trabalhar com a tecnologia e com o desenvolvimento humano. Olha aqui o que o Gil falou do TEDxSudeste: Já sonhou hoje?

John Perry Barlow é um grande visionário da rede. Cunhou o termo Cibercultura e em sua palestra disse que no final da década de 80 ele já previu que a mudança na distribuição da informação através da internet seria drástica a ponto de mudar o conceito de autoridades. Vê o Brasil como uma nação extremamente inclinada a usar a internet em seu máximo e vislumbra a grande possibilidade de sucesso do Brasil enquanto país. Sempre bom ouvir estrangeiros que apostam no Brasil. No Interminas ouvi isso duas vezes. E no TEDxSudeste, veio outro reforço, agora de um grande visionário 🙂 Dentre uma enxurrada de coisas interessantes, soltou “Let the kids be teachers”. Relação direta – mais uma vez – com o vídeo “A vision of Students Today”.

Fred Gelli falou de forma inspiradora sobre quão sábia é a natureza e de como devemos lançar um olhar para ela ao pensar em design. Combinação de cores, criação de “embalagens”, dentre tantas outras. E o melhor, o jeito da natureza de fazer negócios. Palestra interessantíssima e inspiradora. Além de olhar pro passado, pq não olhar para a natureza? Foi das palestras que mais gostei. Não sei porque, mas com a cabeça agora no travesseiro, lembrei desse vídeo aqui sobre sincronização e emergência, Sync, de  Steven Strogatz (trecho do TED 2004), vale conferir.

Neste post: last but not least Pedro Franchesi, o pequeno gênio. Como que pode ser tão novo, tão inteligente e tão fofo? Um adolescente/criança normal, mas totalmente anormal. Que desenvolveu aplicativos para iPhone aos 12 anos. Articulado na fala, mas infantil ao mesmo tempo, afinal tem só 13 anos. Me lembrou a minha irmã caçula, que quando pequena disseram que lembrava uma velhinha no corpo de uma criança. Em sueco existe uma palavra específica para esse tipo de criança-sábia. Hei de lembrar, é algo como “lilgame” (alguém aí fala sueco e pode ajudar, plis?). Pedro vc terá um futuro brilhante, mantenha os pés no chão e abrace as oportunidades! Vídeo pra mobile vai ser a próxima grande onda e ele já vislumbrou isso há algum tempo. Fica a dica 😉

*Acho que a frase de Andrew Essex “We live in exponential times and kids benefit from moors Law” foi feita pro Pedro! E a de JP Barlow “Let the kids be teachers” idem 😛

To be continued and concluded… 🙂 (Leia aqui)

Para ver o primeiro post da série TEDxSudeste, clique aqui.

Uma dose de inspirações, sonhos, idéias e realizações na veia, de forma concentrada e cavalar. Assim defino a minha experiência no TEDxSudeste, ocorrido no último sábado, no Rio de Janeiro. Aos organizadores do evento, parabéns pela iniciativa e obrigada pela oportunidade de participar. Foi 10. Foi intenso. Foi proveitoso. Me fez pensar. E me deu vontade de fazer diferente.

Como sou fã do TED internacional há longa data, assistir uma versão independente tupiniquim seria uma experiência e tanto. Perdi o TEDx de SP e quando soube que aconteceria um no Rio, prometi pra mim mesma que não poderia ficar de fora. Pra completar a minha experiência no TEDxSudeste, resolvi convocar meu querido pai para participar do evento, com a idéia de incitar nele uma visão do outro lado da moeda, de eventos não acadêmicos, idealistas e atuais. Ele, que é físico e pesquisador, topou a proposta de imersão num universo um pouco diferente do que ele está acostumado. E lá fomos nós.

Como as palestras foram muitas, extraio aqui algumas citações e pensamentos que me marcaram ou me fizeram pensar. Vamos por tópicos. Vai ser longo, mas em doses cavalarmente homeopáticas, que aos poucos vou postando no Bricolagem.

André Trigueiro do meu ponto de vista deixou a desejar, palestrando de forma deveras teatral. Eu que odeio* teatro não poderia perdoar, certo? A essência, no entanto, foi bonitinha.

* aos queridos leitores que são atores ou amantes do teatro, peço sinceras desculpas pela revelação acima. O fato é que apoio o teatro e se fosse muito abastada patrocinaria causas teatrais. O meu problema com a manifestação artística em questão chama-se sono. Não adianta a peça que eu vá assistir, de profissional a amadora, que um sono irresistível toma conta de mim e desmaio em menos de 1 minuto.  E não adianta lutar contra o sono. Melhor encostar e bancar a bela adormecida, que passar por pescadora.

Viviane Mosé permeou – pelo que me lembre – o tema educação e inclusão digital. Sua fala me fez lembrar o ótimo vídeo de Michael Wesch “A vision of Students Today”, que mostra a realidade dos estudantes norte americanos diante das mudanças no mundo digital. Pra quem não acompanha o Bricolagem, Wesch é professor de antropologia da Kansas State University e é autor de outros ótimos vídeos, como o clássico “The machine is us/ing us” e “Information R/evolution”. Vale a pena conhecer seu trabalho.

Ronaldo Monteiro com sua ótima fala partilhou referências pessoais, sonhos y otras cositas más. Falou de “compartilhamento de forças e idéias para mudar o mundo”.

Karen Worcman me inspirou profundamente com as histórias do Museu da Pessoa. Uma idéia simples, inspiradora e que valoriza o ser humano. Simplesmente lindo. Fiquei pensando em quantas pessoas interessantes e fantásticas já cruzaram a minha vida, ou que fazem parte dela, e de como que suas vidas poderiam ser uma obra de museu. Passe lá e dê uma conferidinha http://www.museudapessoa.net.

Teresa D’amaral começou e encerrou sua palestra falando sobre o ato hipócrita de doar roupas velhas – aquelas que você não usa mais e que estão esquecidas – para vítimas do terremoto no Haiti. Viajando um pouco, me lembrou um artigo/estudo que fala sobre o consumo verde a e relação com pequenos delitos. As pessoas consomem verde, ou executam algum ato supostamente altruísta, e depois se sentem no direito de fazer “maldades” como roubar, ou ser desleal. Seria como se a quota de consumo verde desse o aval para pequenos atos anti-éticos. Estranho, mas real. Leia mais aqui.

A essa altura eu já estava pensando… ui… vão ficar falando de educação e consumo verde o dia todo.

To be continued… 😀 (Leia aqui)

Aproveitando o ensejo de que “Mobilidade é a Prioridade“, e pra quem se interessou pela temática do Mobile Money, nos dias 25 e 26 de maio acontece no Rio de Janeiro o GSMA Mobile Money Summit – Unleash the power of Mobile Money. Bem no quintal de casa 🙂

Boa oportnidade para saber mais do que tem rolado sobre este “obscuro” mas promissor tema. O evento pretente reunir as principais “autoridades” mundiais, regionais e locais sobre o assunto, além de apresentar as inovações em produtos e serviços envolvendo Mobile Money.

Dentre os temas: Regulações, Modelos de Negócio, Gerenciamento de Fraudes e Riscos, Visões para 2020, Pagamentos Mobile G2P (Government to person), Análise de Comportamento do Consumidor.

E não é só isso. A chamada para trabalhos encerra amanhã (05/03/2010). Se você tem algum assunto à altura e apresentável, corre que ainda dá tempo (pouco, mas…). * Só que as inscrições pros mortais assitirem a conferência ainda não foram abertas. O que deve acontecer em breve. Fique ligado, o site oficial é este aqui.

Pros desatentos: O evento é promovido pela GSMA, a mesma associação que promove o Mobile World Congress (em que o Google anunciou o mote Mobile First neste ano).

E tenho dito 😉

Personnas foi com grande alegria que recebi nesta semana a notícia de que o iMasters apresenta este ano mais uma edição do InterMinas em Belo Horizonte. Mais uma boa oportunidade para o mercado mineiro respirar as novas tecnologias e se atualizar.

Quem acompanha os eventos do iMasters sabe que vale participar: InterMinas, InterAct, InterCon. Como exemplo, o InterAct no ano passado, em BH, foi um evento pra lá de interessante, bem organizado, que conseguiu reunir importantes cabeças pensantes do mundo digital brasileiro em um único ambiente. E com o InterMinas 2010 não poderá ser diferente.

Marque na agenda e corre lá no site pra ver a programação e fazer a inscrição.  Até 10/03 os valores são promocionais. 😉

Data: 24 de abril de 2010 – Sábado
Local: Hotel Ouro Minas – Belo Horizonte
Realização: iMasters PRO

Veja aqui o que falei da primeira edição do InterMinas.

E aqui meus comentários sobre o InterAct 2009. Admito que na ocasião estava com a cabeça cheia e não fiz um post à altura do evento. Mas de forma resumida, o InterAct 2009 superou o InterMinas 2008 em 100%.  E a expectativa para esse ano não pode ser diferente 😉

O InterCon 2009, como não podia deixar de ser, foi 10, frenético, com várias opções simultâneas de palestras para todo tipo de interesse. A cobertura oficial pode ser vista aqui.

Os eventos do iMasters têm o propósito de promover o conhecimento e troca de experiências do mundo da comunicação digital, com uma abordagem de mercado – e, portanto, não acadêmica – de qualidade. Sem contar com a sempre boa oportunidade para networking. InterACT é o evento nacional de criação digital, que, neste ano, vai acontecer no Rio de Janeiro. Já o InterMinas possui um foco mais genérico e regional. Na programação, temas diversos, variando entre e-commerce, empreendedorismo, planejamento, dentre outros. Já o InterCon é o maior e mais completo dos eventos do iMasters, que acontece anualmente em São Paulo (há uns bons anos), e já se tornou referência nacional no mercado web.

Equipe do iMasters/InterMinas: sucesso para vocês! 🙂

Mobilidade é a prioridade!

Um dos artigos mais sensatos que li nos últimos tempos é de autoria de Tomi T. Ahonen, autor de diversos livros sobre mobilidade, palestrante e consultor. O assunto básico do texto é sobre o fato de o Google estar oficialmente colocando a mobilidade em primeiro lugar em seus negócios.

Tomi Ahonen sabiamente destrincha e desvenda o porquê da força da mobilidade no mundo, independente do perfil do país ou do usuário, mostrando como os negócios mobile representam o futuro da próxima década.

What does it mean to you when Google says mobile first? Altamente recomendado.

Dentre os assuntos abordados, está o questionamento sobre a internet ter mudado o mundo, e uma reflexão espirituosa e muito bem colocada sobre o fato de haver inúmeras pessoas que não tiveram suas vidas mudadas com a rede. Tomemos como exemplo um profissional como um pedreiro, ou um lavrador, que não depende da tecnologia para sua atividade. Estamos falando do trabalhador braçal, não de seu chefe – o engenheiro ou o fazendeiro. Estes sim, dependem da internet para os negócios, para saber do clima, para envio de emails, etc, e tiveram suas vidas modificadas pela rede mundial de computadores.  Já o trabalhador braçal não vai depender da internet para as suas atividades do dia-a-dia – pescar, dirigir um trator, construir uma casa.

A gente tende a achar que o mundo é muito digitalizado, mas existe uma infinidade de pessoas que não dependem da rede profissionalmente de forma intensa – e isso não está relacionado ao poder aquisitivo ou ao nível de instrução, mas à atividade em si. Um médico ou fisioterapeuta podem até fazer o uso da rede e dos computadores para esclarecimento de dúvidas, contato com outros profissionais etc e tals. Podem usar a tecnologia em suas atividades para diagnósticos mais precisos, prontuários digitais, dentre outros. Mas não dependem dela para a execução de seu trabalho clínico (ex: uma consulta, examinar um paciente) – como dependem os publicitários ou advogados.

Os celulares, por outro lado, tiveram a capacidade de mudar bruscamente a vida de muito mais indivíduos – independente da atividade profissional ou colocação social – de uma forma quase que incomparável. As estimativas são de que em um futuro muito próximo a quantidade de linhas móveis supere a quantidade de pessoas no planeta.

O pescador analfabeto – que pela sua atividade e condição – tem a internet como inútil. Mas o celular, para este mesmo pescador, representa uma importante forma de comunicação (por voz e móvel),  que vai lhe permitir fechar negócios, consultar preços, dentre outros.

Este mesmo celular é o único meio que permite uma forma de transação comercial sem depender de operadoras de cartão de crédito ou bancos. Pode-se argumentar que o comércio eletrônico e o mobile banking têm crescido exponencialmente. No entanto, ambas as opções representam facilidades que são intermediadas pela rede, mas que dependem do cartão de crédito ou do serviço bancário. Já o Mobile Money – recurso que ainda engatinha, mas está em constante crescimento – permite a troca de valores, sem este intermédio, possibilitando o débito na conta do celular ao final do mês, ou o débito nos cartões pré-pagos, como por exemplo na compra de ring-tones ou vídeos.

Os exemplos envolvendo Mobile Money são vários e me remetem ao clássico exemplo do Jan Chipchase sobre as transações financeiras via celular em Uganda (veja a palestra aqui). O Mobile Money tende a crescer exponencialmente nesta década que começa.

Fala-se muito que a internet mudou o mundo, mas ela não tocou todas as pessoas em todos os lugares. Apesar de conseguirmos fazer tudo na internet hoje em dia, nós também conseguimos fazer tudo em celulares que tenham ao menos um browser HTML e uma conexão 2.5G.

A indústria mobile foi a mais rápida a alcançar o valor de um trilhão de dólares com tamanha rapidez. Enquanto a economia global entrou em colapso nos últimos 12 meses, a indústria móvel cresceu, adquiriu novos clientes, lucrou. E representa a melhor oportunidade para qualquer negócio em qualquer indústria de qualquer lugar do planeta. Qualquer que seja o seu negócio, equipe, projeto ou carreira pessoal, você precisa se ajustar e usar a mobilidade. (Tomi T. Ahonen – Tradução livre)

Além do mais, o celular é o único meio que converge todas as mídias em um único dispositivo, com a vantagem de ser portátil, móvel e acessível.

Por estes e outros motivos, a prioridade do Google agora é mobile.

E você, está esperando o quê?

Digital industries will of course migrate to mobile but its not just digital industries. Its not even just the media industries. Its any industries. If an airline can gain out of mobile or the parking authority of the city or illiterate fishermen can gain from it, even basic education can gain from it – every business, every project and every enterprise can benefit from mobile. This is the biggest economic opportunity of this decade, and of our lifetimes. Do not miss it.

Parabéns e feliz ano novo

O carnaval acabou, o ano “começou” e o Bricolagem completa hoje 2 anos de existência: como sempre, na quinta-feira pós carnaval.

Obrigada a você que acompanha os textos por aqui de forma barulhenta ou silenciosa, mesmo com as pouquíssimas postagens do último ano. Devagar e sempre, cá estamos nós.

Ainda no clima de Carnaval, vamos a algumas cositas que me chamaram especial atenção:

1) A unidos da Tijuca ter vencido o carnaval carioca com o enredo “É segredo”, sugestão de um adolescente através do Orkut. Prova do poder das redes sociais para contatos antes quase inatingíveis. *Me expliquem aquelas moças trocando de roupa como num passe de mágica?

2) A Portela com o tema inclusão digital em seu enredo deste ano. Linda idéia, porém pouco carnavalesca, vcs vão me desculpar. O conceito todo da inclusão digital é importantíssimo, mas a relação com o carnaval deixou a desejar. Me pareceu que a Portela foi conquistar o mundo digital e deixou o real a ver navios. Apesar de eu ser uma grande defensora da causa digital, sou conservadora e não gostei muito do que vi. Será pq os carnavalescos não são lá tão incluidos digitalmente? CTRL + ALT + DEL na Portela!

3) E como costumo comentar: tudo é ciclico neste mundo, seja real ou virtual. O carnaval do Rio com o resgate dos blocos de rua foi 10. Serpentina, confete e marchinhas em blocos familiares ou não tão familiares. Putas, velhos, foliões, loucos e mendigos, com adereços carnavalescos cidade afora. Percebi que o mundo anda carente de alegria com civilidade. A baixaria chegou num ponto, que só nos resta retomar os primórdios do carnaval e reinventar a festa de rua mais popular do país. A Orquestra Voadora, com seus metais, Sassaricando y outras cositas más que o digam.

Pena que assim como o tradicional invadiu as ruas, a imundice e a baranguice também. Ruas de Ipanema num verdadeiro esgoto a céu aberto, apesar dos inúmeros sanitários químicos (que após 1 dia de folia e calor de 40 graus), da lama foram ao caos.

Como sempre digo, o glamour é a ausência total de glamour. Mas alfa que é alfa vai atrás do inusitado, do resgate, do reciclado. Retardatário vai atrás do grande público, lambendo o chão da imundicie alheia. Ó céus, que o Carnaval do Rio não cresça.

Bjo pra vcs, parabéns ao Bricolagem High Tech e feliz ano novo!

Em outubro do ano passado tive o prazer de assitir na Mostra Cine BH o filme interativo A Gruta, em que os espectadres escolhiam o desfecho de cada parte do filme através de um controle remoto. Divertidíssimo. O cinema torcendo pelo desfecho X ou Y. Uma verdadeira experiência de interatividade no cinema, numa mistura de Você Decide, com aqueles livros “você escolhe o final”.

Agora, para quem não teve a oportunidade de assistir na telona, A Gruta encontra-se disponível no YouTube – que já há algum tempo* possui o recurso de interatividade – o annotations. Corre lá pra ver, que é divertido demás! São 40 minutos de filme-jogo e várias opções de histórias diferentes.

Vaaaai Tião!!!

O site do filme é esse aqui. E o Twitter é o @filmeJogo.


* A Centauro, por exemplo, em 2008 já havia postado por lá um anúncio interativo – não muito interessante, mas que explorava já o recurso. Muito se fala de TV interativa, mas até hoje não se vê nada muito consistente nessa área… Mas aos poucos um experimento aqui e ali vão surgindo e acho que cada vez mais interessantes. E como sempre digo, acho que a mobile TV é que vai incfluenciar a interatividade na TV. Mas aí é outro papo 😉

No estilo da Gruta, exitem também os filmes The Time Machine e The Murder.

E por falar em cinema interativo, existem aquelas ações em que o espectador É o Joystick, num sistema de detectar movimentos, divertidíssimo. Já viu?

No fim do ano passado conversava com algumas personnas, após o Quinta Digital, sobre esse frenesi e sobre a dificuldade de acompanhar tudo, de querer ler tudo, de estar “por dentro” de tudo, ainda mais quando se é professora de novas mídias y outras cositas más.

Estava ficado constantemente irritada com a quantidade de informação, a quantidade de novidade, a quantidade de mudanças que pulam a todo segundo nesse mundo digital em ebulição.  E também com a quantidade de gente se achando bom entendedor daquilo que ninguém ainda entende.

Mas quem mandou se envolver nessa área, né, anta?

Um desespero de TER que ler, de TER que acompanhar estava assolando a minha vida de uma forma psicótica-neurótica-compulsiva-obsessiva e o resultado era aquela velha história do multi-task que tudo lê e pouco fixa, que muito sabe e pouco conclui.

O Luli Radfahrer neste mesmo dia havia há pouco feito uma comparação da vivência de profissionais do meio digital com a rotina de um surfista, que antes de entrar no mar observa, analisa, respira, escolhe o melhor ponto, entra, entrosa, entende e depois pega a onda.

No mundo real o que se vê é uma cambada tentando pegar a pororoca num salve-se quem puder de maluco.

E de repente quando percebi, lá estava eu tomando um caldo, não por falta de entendimento, mas por uma necessidade compulsiva de conhecimento quase inconseqüente, sem perder a produtividade jamás.

Portanto, após esse papo todo, para 2010 a resolução básica foi de d-e-s-a-c-e-l-e-r-a-r.

Minhas várias leituras engavetadas serão escolhidas e digeridas pouco a pouco.  Pretendo postar cositas por aqui num ritmo desacelerado, mas constante, sem abandonar o barco. As idéias, como sempre, são muitas e, admito, algumas fúteis: como a relação do George Orwell, do Big Brother Brasil e da professora de lingüística, que ficam para uma próxima. Ou não!

Bjos, abs, boa leitura y hasta!

Vai uma parafina aí?