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Archive for abril \29\+00:00 2009

… acabo de ler um artigo interessantíssimo de James Harkin intitulado “Twitter: we all need to be in the loop” (algo como: Twitter, todos nós precisamos estar na onda), que explica que a ferramenta de micro-blogging citada vai além do social e das redes, e que ela está mudando a maneira como pensamos. Curioso, ham? (Observação pros que insistem em acreditar que o Twitter se resume à ingênua frase “vou comer um sanduíche”: leiam o artigo! rs)

Não por acaso vejo um gancho direto desse artigo com o meu post sobre a “procrastinação crônica” – recentemente postado por aqui (A vida muiti-task high tech e o grave problema da procrastinação crônica).

Today’s breathless internet gurus would have you believe that all this makes us and our organisations more agile, more efficient and more responsive. Not necessarily. The delivery of a continuous stream of messages might well be slowly stretching our brains, turning us into creatures who are better at doing many different things at once. Preliminary studies from neuroscientists and psychologists, however, suggest that in the meantime our brains are likely to become strained and confused if we make too many demands on them. Beyond a certain point, in other words, the productivity bonus that we get from responding to many different streams of information on our information loop at the same time levels off, and begins to slow us down. No matter – many of us enjoy it all the same. The reason why we’re so keen to switch through a range of information streams and constantly jump around between them, in any case, is not at all about doing things more efficiently – it is simply that we have come to appreciate being in the loop for its own sake. (James Harkins, Times Online, fev. 2009)

Em tradução livre:

Os gurus frenéticos da internet de hoje podem te fazer acreditar que tudo isso torna nossas empresas e nós e mais ágeis, mais eficientes e mais solícitos. Não necessariamente. A entrega de um fluxo constante de mensagens pode estar até aos poucos “esticando” nossos cérebros, nos tornando criaturas que são melhores em fazer diversas coisas ao mesmo tempo. Estudos preliminares de neurocientistas e psicólogos, no entanto, sugerem que enquanto isso nossos cérebros estão propensos a se tornar fatigados e confusos, caso demandemos muito dele. Indo um pouco além: em outras palavras, o bônus de produtividade que ganhamos ao reagirmos a diferentes fluxos de informação ao mesmo tempo, em nossa “cadeia”/loop de informação, desanda e começa a nos freiar. Mas não tem importância: muitos de nós curtimos isso de qualquer forma. A razão pela qual estamos inclinados a alternar entre um vasto espectro de informações, pulando de uma coisa para outra ao mesmo tempo, de toda forma, não está relacionado à eficiência, mas simplesmente porque passamos a apreciar essa coisa de fazer parte da cadeia/do loop por si só.

Ou seja: no fundo, no fundo, o multi-task-way-of-life acaba é atrapalhando vez ou outra. Mas que adoramos esse estilo de vida multi-facetado, adoramos! rs

James Harkin é autor do livro Lost in Cyburbia: how life in the net has created life on its own*. Está na minha lista de livros TO READ.

Só espero que ele não entre pra minha pilha da procrastinação! 😛

* Achei também o título Cyburbia: The Dangerous Idea That’s Changing How We Live And Who We Are , e me pergunto se são o mesmo livro, simplesmente publicados em diferentes continentes. Ambos são de 2009, do mesmo autor, com um resumo parecidíssimo.

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Estou batendo palminhas com o novo anúncio de revista do Vectra GT Remix. Assinado pela McCann, saiu na Época dessa semana e é um belíssimo exemplo de como o meio digital tem exercido cada vez mais influência sobre o meio impresso. 100% na lógica da minha FD (leia-se Fucking Dissertation).

A proposta do anúncio é de se fazer um test drive a partir da revista, numa integração real x virual. Para tanto basta ir ao site da campanha, munido da revista, ligar a webcam e seguir as instruções. No anúncio existe a ilustração de um volante e um código bidimensional que é lido pela webcam. Ao “girar” o volante da revista, vc pilota de verdade o carro do jogo, como se estivesse em uma pista de teste. Muito muito bacana. Testei e deu super certo.

Ótimo exemplo de como promover a ação e a interação a partir do meio revista. E o melhor, o nível de imersão e de participação num anúncio desse tipo é de quase 100%. O pessoal da McCann está de parabéns.

Prato cheio para uma análise mais aprofundada! É cada vez mais comum encontrarmos anúncios que promovem a integração com as novas mídias. Acho que quando escrevi a minha dissertação não cheguei a parar pra pensar como isso iria evoluir de forma tão rápida e tão divertida. Fico feliz em ver que estava de fato no caminho certo! 🙂

* pra quem não tem a Época (ou outra revista, imagino que deve ter saido em todas da linha), é possível imprimir o volante através do site.

Vá correndo fazer seu test-drive! Clique aqui.

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Em uma sociedade cada vez mais imediatista e tecnológica, em que a quantidade de informações cresce em velocidade exponencial, a relação e o comportamento humanos sofrem grandes transformações e, conseqüentemente, acontece uma reviravolta na comunicação social, nas relações de consumo e na publicidade.

Neste cenário de transformações, em que o leitor passa a escritor e o consumidor quer compartilhar experiências e histórias com o mundo, faz-se necessário parar, desacelerar e analisar o contexto e a realidade atuais. Estar simplesmente inserido no mundo.com já não basta.

Seguindo essa tendência, o Centro de Inovação e Criatividade da ESPM está promovendo mais uma vez o curso Ações Inovadoras em Comunicação Digital, que tem sido um sucesso desde a sua criação. O curso, que é coordenado pelo querido amigo Gil Giardelli em parceria com Sandra Turchi, é voltado para a coscientização de que vivemos em um mundo cada vez mais High Tech, que oferece inúmeras possibilidades de comunicação, divulgação e de democratização do conhecimento.

Seu enfoque é basicamente na “nova” Web e em como potencializar negócios com as ferramentas que surgem aqui e acolá. Ótimo para atualização e pra ficar por dentro do que tem de mais inovador na área, já que o curso conta com palestrantes convidados que são autoridade nos temas abordados. 

As aulas, que acontecerão às terças e quintas a noite, começam no dia 12 de maio e vão até 4 de junho 2 de junho e vão até 25/06 (nova data). Bat local: ESPM (São Paulo – SP). 

Tá esperando o q???

* Ah, e ainda achei o custo x benefício mto bom 😉 

Mais infos aqui

Matrículas aqui.

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Que o Bricolagem anda meio abandonado, ninguém tem dúvidas. O motivo? Vários. Não vou ficar dando explicações vagas pra questã – como o fato de estar mais ocupada e estressada que o normal. Nenhuma desculpa justifica.

O fato é que além da correria com trabalho, tenho sofrido – nas palavras do meu amigo Rodolfo Araújo – de PROCRASTINAÇÃO. Crônica. Tem mais de 1 mês que estou adiando posts e mais posts. Inclusive este. Muitos estão pela metade. Obras inacabadas. rs

Desde que li o “fatídico” post que me levou ao trágico diagnóstico (e q tb salvou a minha vida rs), tenho refletido sobre o assunto e cruzado alguns dados com a vida multi-task que tenho levado. Algumas conclusões fazem-se necessárias. São baseadas em moi-même, mas imagino que muito provavelmente aplicam-se a alguns que sofrem do mesmo mal.

A maior conclusão é de que trata-se de um pobrema sobretudo da pós-modernidade. *Apesar da lenda dizer que Da Vinci era um grande procrastinador.

Vejam bem. Quanto mais coisas fazemos ao mesmo tempo, menos nos dedicamos às mesmas. O danado do multi-task-way-of-life pode até parecer muito lindo. Porém o hábito é também ordinário. Tenho percebido que muitas vezes faço tantas coisas ao mesmo tempo que não acabo rapidamente nenhuma. Isso não é sempre. Posso perfeitamente fazer várias coisas ao mesmo tempo com eficiência. Aquelas que exigem um nível de imersão menor. Já as outras…

Voltando à procrastinação… estou com uma pilha de uns 5 livros inacabados na minha cabeceira. Simplesmente não consigo finalizar a leitura de nenhum. Insito em ler todos ao mesmo tempo. Primeiro problema. Depois achei que a questão maior era o astigmatismo – recentemente detectado e que foi gerado a partir de muita leitura na tela do computer – que atrapalhava o nível imersão. Ledo engano. Mesmo usando óculos… nada de resolver essa pequena questã.

Foi então que deparei-me com o interessante artigo de Kurt Cagle – da O’Reilly – As the internet rewires our brains, que me indicou outra luz no fim do túnel e que corroboram com a teoria de que a procrastinação é um mal característico da vida high tech. O artigo fala de um outro artigo (da neurologista Lady Greenfield), que por sua vez teve repercussão por conta de um posicionamento polêmico. O texto inicial fala que o cérebro da nova geração tem uma formação diferente por conta do constante contato – desde a mais tenra idade – com os recursos digitais. E que os pobres-coitados dos chuchuzinhos estão sendo idiotizados pelas redes sociais, twitters e etcs da vida. Cagle, por sua vez, defende o posicionamento de que nossas cabeças podem sim ter alguma parte mais ou menos desenvolvida a partir do fato de que treinamos partes diferentes das nossas cucas através dos estímulos aos quais estamos expostos. Nada de muito revolucionário. O interessante aí é pensar em como isso afeta nossas vidas.

Já consegiu ler algum e-book completo na tela? Eu não! Leio 10 ou 15 páginas no máximo dos máximos. E depois basta. Posso me interessar e acabo comprando o livro de papel. Ou então fica por isso mesmo, na esperança de que algum dia eu consiga completar a leitura na tela, o que na realidad nunca acontecerá.

O fato é: na internet, no computador, na tela, normalmente não conseguimos ler conteúdo muito extenso, nada muito denso. Preferimos textos mais leves, objetivos. A leitura na tela flui melhor assim. E pra uma vida multi-task isso é fundamental. Simplesmente não dá pra ter um nível de imersão elevado fazendo 100 coisas ao mesmo tempo. O importante é captar o conceito global.

Até aí tudo bem. Mas já parou pra pensar que o seu cérebro pode estar agora se acostumando com esse baixo nível de imersão proporcionado pela constante leitura em tela? E que quando você vai ler um livro tradicional de papel, encadernado etc e tal, pode ser que esteja tendo mais de dificuldade pra se concentrar do que em outros tempos?? Justamente pelo fato da sua cabecinha estar começando a se acostumar cada vez mais com a leitura dinâmica do dia-a-dia multi-task e high tech…

Na hora que a telinhazinha do celular começar a bombar de fato com TV, internet e livros… aí… danou-se o que era douce!

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