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Archive for outubro \27\+00:00 2008

Tomem nota dessa palavrinha estranha: WHUFFIE.

O meu palpite é que já-já whuffie estará na boca do povo. Será mais uma buzz word?

Pra mim, como sempre digo, não importa o nome que se dá aos bois, mas o conceito que está por trás de cada termo. Essa palavrinha aí de cima aparentemente andou sendo citada no InterCon e, pelo que ando sentindo por aí, a tendência é de que se torne pop em pouco tempo.

Mas vamos às origens. O termo foi cunhado por Cory Doctorow, um dos caritchas do Boing-Boing, em seu livro sci-fi “Down and out in the magic kingdom“, de 2003, para designar uma “moeda” baseada em reputação, numa nova economia fictícia. Cada pessoa pode adquirir mais ou menos whuffies de acordo com suas boas ou más ações.

Apesar do termo ter sido lançado em um livro de ficção, ele pode muito bem ser transposto e aplicado a esse novo mundo virtual-colaborativo e de ambient awareness em que vivemos. Em que as pessoas podem adquirir boa reputação no ambiente virtual e, conseqüentemente, colher bons frutos no mundo real.

Mas Whuffie seria sinônimo de dinheiro? Não! No entanto, ao se adquirir whuffies, pode-se ganhar dinheiro e garantir o milk-shakinho das crianças. Traduzindo, quanto melhor a sua reputação virtual, mais lucro será possível no mundo real. Mas atenção, quando falo lucro, não me restrinjo ao fator $$$. O lucro pode ser de vivência, de retribuição, de sentir que fez o bem ao próximo, pode até ser espiritual. A lógica passa pelo: “é dando que se recebe”. E é essa a premissa da web atual: de colaboração, de doação, de dar o que pode e, quem sabe, receber outras tantas coisas interessantes. E muito importante: dar crédito aos merecedores também é um fator gerador de whuffies.

Bien, nessa onda de Whuffies, Tara Hunt está para lançar seu livro “The Whuffie Factor: using power of social networks to build your business”, em que faz justamente essa transposição do whuffie do mundo fictício de Cory Doctorow, para o nosso mundo real/virtual. O livro promete alcançar a crista da web 2.0 e mostrar como qualquer negócio pode domar seu poder, aumentando seu whuffie – a reserva de capital social que é a moeda do mundo digital. Sugestivo, ham? No entanto, o livro só será lançado em abril do ano que vem… Enquanto isso, só resta aguardar em polvorosa, ver o que anda sendo falado por aí e aprender o que já foi dito.

O livro do Cory Doctorow está disponível para download em português, for free. Confiram aqui.

A Tara Hunt já apresentou algumas cositas aqui e escreveu outras aqui.

Para encomendar/reservar o livro da Hunt na Amazon, clique aqui.

Veja aqui o que a Wikipedia anda dizendo sobre os whuffies da vida.

E por fim, o Cristiano Dias aparentemente andou falando sobre o tema no InterCon, último sábado. Digo aparentemente, pois não estive lá, não vi. Só pesquei algo no ar nessa internet louca. Mas a apresentação dele está aqui ó.

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Eu que ando meio afastada da lingüística estava quase perdendo o prazo. Amanhã (25/10/2008) é a data final Dia 05/11 é a data final para a submissão de trabalhos para o VI Congresso Internacional da ABRALIN, que acontecerá em março do ano que vem em João Pessoa. (CORREÇÃO: Para a minha alegria, o prazo para submissão de trabalhos foi prorrogado para 05 de novembro!)

Lá vou eu submeter algum trabalho sobre novas tecnologias e discurso. Mais alguém? O tempo está correndo, tic-tac-tic-tac

Mais infos sobre o congresso aqui.

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“Welcome to Google Your Majesty”

A Queen Elizabeth – que não é nada boba e usa o YouTube para dirigir a palavra aos plebeus – é danadinha. Agora a mais recente gracinha dela foi visitar o QG do Google. Engraçada a sem-gracice inglesa, fazendo sala pra rainha. Adoro o fato da “The Queen” se dizer high tech, contraste interessante. Sinal dos tempos.

Aqui o canal oficial da Monarquia Inglesa no YouTube.

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Um pouco retardatária, mas acabei de ver isso e achei genial!

A Esquire Magazine, em sua edição de aniversário em setembro, fez uma capa não-convencional, com um display em e-ink. No interior da revista, também tem um anúncio que usa a mesma tecnologia. Super cool, me senti totalmente no “de volta para o futuro II”.

Será que esse será o futuro das revistas “impressas”? Fico pensando nos assuntos abordados em minha dissertação, na influência de um meio sobre o outro e vice-versa. Bem mais high tech, mas tem tudo a ver!

Interessente é quando o editor da Esquire Magazine fala que ele valoriza a experiência de folhear uma revista, que é única, e que é diferente do ambiente online em que se é bombardeado de informação áudio-visual. Mas, cá pra nós, aqui está o meio impresso com um mega apelo de imagem em movimento, buscando atrair mais leirores…

Agora tem um único porém. Fanáticos e críticos estimaram o impacto da produção dessa edição de Esquire Magazine no meio ambiente. Como a produção encolveu idas e vindas na China, México e EUA, calcula-se que a emissão de gás carbônico para a produção da e-ink seja BEM maior do que o que se produz em uma revista normal. Linda a idéia, pena que pro meio ambiente não seja lá tão bom. Agora existem pessoas engajadas na pesquisa de soluções para se reciclar a e-ink.

O próprio editor da revista comentou sobre alguma solução parecida com a do Kindle, da Amazon, em que as páginas da revista poderiam mudar mês a mês.

Aí sim, o saldo final acabaria sendo bem positivo. 😉

Veja aqui como a capa high tech foi feita.

Fonte inspiradora: Collision Detection

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Poisé, sobre a Fenalaw, que tanto prometi… Perdoem-me a ausência de comentários. A correria foi muita. Não tenho muito o que falar além de que: foi ótimo e valeu a ida. Principalmente pelos contatos, pela troca de idéia com gente interessante, por conhecer tête-a-tête algumas personnas antes restritas ao mundo virtual e saber ainda mais do que está rolando nesse universo jurídico brasileiro.

A feira em si foi interessante, bom saber das soluções para gestão de escritórios, mas nada além do que já conhecia. Happy hour do MJBR com aproximadamente 20 pessoas, espalhadas aqui e acolá, de POA a Recife, muita conversa boa.

Fora isso, o Marco Antônio Gonçalves deu uma palestrinha ótima no stand de um dos expositores abordando o marketing jurídico arroz-com-feijão X o mkt jurídico estratégico. E falando nele, confere lá no Marketing Legal o que ele tem a dizer sobre as palestras que assistiu.

O fato é: a FENALAW é o 2º maior evento desse tipo no mundo. E simplesmente não tem como não aproveitar a oportunidade. Saldo final positivo! 😉

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Amanhã é dia de Fenalaw e lá estarei eu numa experiência antropológica para compreender um pouco mais do universo jurídico, ainda muito resistente às novas tecnologias. Para quem não conhece, a Fenalaw é a maior feira jurídica que acontece para essas bandas tupiniquins, imperdível, principalmente para gestores e pessoas do marketing envolvidas com escritórios de advocacia. Do meu ponto de vista, representa o mais importante evento nacional para os juristas do futuro. Bora lá dar uma conferida?

De quebra, acontece também amanhã o 2o encontro do Grupo Marketing Jurídico Brasil no mesmo bat local da Fenalaw. Ótima oportunidade para conhecer pessoalmente – e de uma só vez – as mentes pensantes do cenário do Marketing Jurídico nacional.

Postarei as minhas impressões do primeiro dia por aqui e pelo twitter. 😉

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Que a China censura o acesso à internet, todos sabem. A questão agora é até onde essa censura pode ir e até que ponto grandes empresas ocidentais se rendem às rigorosas regras Chinesas para garantirem esse mega-mercado lucrativo.

A última da vez é o monitoramento e censura de mensagens trocadas no Skype praquelas bandas de lá. Isso mesmo. Descobriram um banco de dados contendo mensagens banidas e dados pessoais, obviamente, em um servidor não-seguro. As mensagens censuradas são consideradas “politicamente sensíveis”. Exemplos?

Eu não sei quais as palavras exatas que estão acionando a filtragem, mas sei que a maioria das mensagens contém críticas ao Partido Comunista, mensagens sobre a independência de Taiwan, sobre a Falun Gong (movimento espiritual banido na China) e outros tópicos políticos sensíveis. (Nart Villeneuve, Universidade de Toronto)

Além disso, mensagens obscenas também foram banidas.

Está na China e quer trocar idéias em particular sobre o assunto que for? Saiba: eles estarão te monitorando. Manifestar opiniões políticas? Nem pensar. Quer namorar virtualmente? Melhor não ter fãs na China, rsrsrs Ou então corre o risco do rala-e-rola-virtual-supostamente-privado tornar-se público.

É rir pra não chorar. Essa censura toda dá é medo.

Ao que tudo indica, o Skype sabia muito bem das condições e do tipo de censura aplicado ao serviço. A preocupação deles, portanto, fica com a vulnerabilidade dos servidores que guardam essas mensagens. E o fato das mensagens serem armazenadas também lhes preocupa, pois, em princípio, o trato seria de que as mensagens fossem apagadas.

Pra mim o que preocupa é o fato dessas grandes corporações on-line venderem a alma ao “diabo“, topando qualquer negócio – mesmo que violem direitos de privacidade etc etc etc. Não é por menos que Googles, Microsofts e Yahoos da vida têm sido duramente criticados por grupos de direitos humanos.

E mais, quem me garante que as mensagens que troco aqui no Brasil não estão sendo armazenadas pelo próprio Skype/MSN/ou-que-empresa-quer-que-seja, seja lá para qual fim for?

Afinal, a onipresença e a onisciência são características típicas também da web.

Mais infos aqui: China espiona mensagens do Skype, dizem pesquisadores.

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Peço desculpas pelo sumiço momentâneo. Cabeça ocupada com algumas questões, mas a vida está voltando aos eixos. Esse pseudo-post, coitado, estava nos racunhos há pelo menos umas 2 semanas.

Eu e minha mais nova fixação por análises antropológicas…

A dica de hoje é sobre uma matéria que saiu na New York Times Magazine – no começo de setembro – sobre o título desse post, leitura recomendável àqueles que ainda não pegaram o espírito das redes sociais e do movimento de micro-blogging. De toda forma, a leitura também é recomendável aos que são adeptos à onda. Afinal, é sempre bom compreender o contexto!

O artigo explica essencialmente o que atrai as pessoas nesse movimento de voyerismo digital e quais os benefícios e conseqüências de toda essa “intimidade” virtual.

Confere lá: “Brave new world of digital intimacy”, the New York Times Magazine

Pra variar: o texto é gigante, em inglês, mas interessantíssimo. 🙂

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