No fim do ano passado conversava com algumas personnas, após o Quinta Digital, sobre esse frenesi e sobre a dificuldade de acompanhar tudo, de querer ler tudo, de estar “por dentro” de tudo, ainda mais quando se é professora de novas mídias y outras cositas más.
Estava ficado constantemente irritada com a quantidade de informação, a quantidade de novidade, a quantidade de mudanças que pulam a todo segundo nesse mundo digital em ebulição. E também com a quantidade de gente se achando bom entendedor daquilo que ninguém ainda entende.
Mas quem mandou se envolver nessa área, né, anta?
Um desespero de TER que ler, de TER que acompanhar estava assolando a minha vida de uma forma psicótica-neurótica-compulsiva-obsessiva e o resultado era aquela velha história do multi-task que tudo lê e pouco fixa, que muito sabe e pouco conclui.
O Luli Radfahrer neste mesmo dia havia há pouco feito uma comparação da vivência de profissionais do meio digital com a rotina de um surfista, que antes de entrar no mar observa, analisa, respira, escolhe o melhor ponto, entra, entrosa, entende e depois pega a onda.
No mundo real o que se vê é uma cambada tentando pegar a pororoca num salve-se quem puder de maluco.
E de repente quando percebi, lá estava eu tomando um caldo, não por falta de entendimento, mas por uma necessidade compulsiva de conhecimento quase inconseqüente, sem perder a produtividade jamás.
Portanto, após esse papo todo, para 2010 a resolução básica foi de d-e-s-a-c-e-l-e-r-a-r.
Minhas várias leituras engavetadas serão escolhidas e digeridas pouco a pouco. Pretendo postar cositas por aqui num ritmo desacelerado, mas constante, sem abandonar o barco. As idéias, como sempre, são muitas e, admito, algumas fúteis: como a relação do George Orwell, do Big Brother Brasil e da professora de lingüística, que ficam para uma próxima. Ou não!
Bjos, abs, boa leitura y hasta!
Vai uma parafina aí?