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Posts Tagged ‘internet boomers’

Poisé, dizem que a onda tem sido litaratura de celula: livros escritos e lidos na tela do celular. No Japão a tendência é tão forte que livros escritos através da telinhazinha seguiram o caminho supostamente oposto e, desde 2007, andam sendo publicados também em papel e tinta tradicionais. E mais: tornaram-se best sellers. Mais de 2.6 milhões de cópias vendidas de um único título. Curioso, não?

Como não podia deixar de ser, os livros escritos no celular têm características próprias. Frases curtas, objetivas. Estruturas repetitivas. Emoticons. Espaços em branco para “folgar” a leitura na tela reduzida. Seria um novo gênero?

A minha vista cada vez mais recessiva 😦 não deve suportar mais do que poucas telinhazinhas de texto (será que estou tão velha assim, my God?). Mas a meninada japonesa adooora.

As historinhas são em sua maioria água com açúcar, escritas por jovens, para jovens. Algo como uma releitura-de-Sabrina-numa-adaptação-High-Tech. Dizem também que muitas das histórias acabam sendo adaptadas para filminhos e mangá. Seriam esses filminhos pra celula?

A nova geração japonesa, pelo visto, trocou o barulho das risadas-gritinhos-estridentes-teen pelo teclar frenético no celula. Cada um querendo seu lugar ao sol. Autores de novelas móveis?

Seguindo a onda japonesa, exitem 2 sites norte americanos que oferecem templates para ler e escrever romances na telinhazinha: Quillpill e Textnovel. O primeiro me pareceu um Twitter pra “livrinhos” high tech. O site japonês que deu origem à onda é o Maho i-Land.

Mas a onda não é só com literatura barata e fútil não. Outro caminho também tem se revelado e editoras estão publicado clássicos da literatura em versões pra celula!

Gostou do assunto? Recomendo a leitura de uns artigos:  I love novels: young women develop a genre for the cellular age (The New Yorker);  e The mobile phone novel (The Times Online); e tb – mais antiguinho, de 2007 – A mobile read (with white space) (O’Reilly Radar).

🙂

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Há algum tempo postei uns comentários por aqui sobre o uso decrescente de e-mails por adolescentes. O fato, que não pode ser ignorado, é de causar espanto num primeiro momento ao desavisado. No entanto, essa constatação é uma realidade e PONTO. Já falei e repito: quer falar com adolescente (e com urgência), não use o e-mail.

Seguindo essa mesma linha, saiu hoje um artigo no Globo abordando o tema, não só focado em teens, mas no uso do e-mail de um modo geral. Alguns dos aspectos abordados foram: o crescente uso de redes sociais, SMS e Instant Messengers, e também as caixas de entrada lotadas. Apesar de alguns comentários discordantes que leitores postaram por lá, considero a essência do artigo interessante e vale a conferida aqui ó.

Não acho que o e-mail está fadado ao esquecimento. Mas que existe uma tendência de pulverização das formas de comunicação pela web, isso é outro fato e nenhuma novidade: twitter, IM, IM móvel, SMS, são tantas opções… Para cada forma de comunicação, uma característica, um objetivo.

Acredito que o e-mail prevalecerá principalmente para assuntos profissionais, sérios, que demandam registro e organização. Quando os internet boomers adentrarem o mercado de trabalho, terão que usar o e-mail por uma questão formal. De toda maneira, aos poucos as formalidades de comunicação serão sempre reinventadas. Mas muita água ainda vai rolar… Alguma manifestação?

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Num simples fato corriqueiro se vê facilmente como é diferente a realidade e o comportamento da geração “pós” (ou internet boomers), os adolescentes de hoje que já nasceram navegando na internet e com a mobilidade do celular. É meio óbvio, mas é interessante observar…

Aconteceu essa semana:

Minha irmã, que estudou a vida toda em uma escola super pequena – com uns 10 meninos por turma -, mudou para uma escola nova esse ano, bem maior. Pensei que ela chegaria no primeiro dia de aula tímida, sem conhecer os novos colegas e tals – ô dó.

Mas antes das aulas começarem ela descobriu a comunidade do Orkut da escola/série dela e, conseqüentemente, fez amizade com alguns indivíduos. Do Orkut passou pro messenger, do messenger para o celular. Família feliz na rua, um novo amigo “acha” ela no celula. SMS pra cá, SMS pra lá e quando assusto ela já estava indo ao shopping e depois ao boliche com os novos amigos. Antes mesmo das aulas começarem.

Resultado: ontem, primeiro dia de aula, e a menina já estava toda enturmada com os amigos “virtuais-super-reais” que ela já tinha conhecido pessoalmente durante o não-tão-fatídico carnaval em BH.

Agora a pergunta que não quer calar: no meu tempo de escola isso iria algum dia acontecer? Pré internet, Orkut, MSN, celular: Jamais… No máximo conheceria algum amigo de amigos e olhe lá.

 

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